Greve na UFCG inicia dia 10 de junho
(Atualizado em 06/06/2024, às 17h09)
Campina Grande/PB - Assembleia geral realizada pela
Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande (ADUFCG) aprovou
nessa quinta-feira, dia 6 de junho, a adesão da instituição à greve nacional
deflagrada em abril pelo sindicato nacional da categoria, o Andes.
A decisão abrange os campi de Campina Grande, Cuité, Sousa e
Sumé, que iniciam a greve na próxima segunda-feira, dia 10 de junho.
Dessa maneira, ao menos por enquanto, o período letivo
2024.1, programado para iniciar no dia 17 de junho, ficará suspenso na UFCG.
Com a decisão da base sindical da ADUFCG, todos os sete campi
da Universidade Federal de Campina Grande se alinham à greve nacional
deflagrada pelo Andes.
A Associação dos Docentes do campus de Cajazeiras, que é autônoma, já havia
feito adesão à greve nacional em assembleia realizada no mês de abril.
Nessa primeira semana de junho foi a vez da Associação dos
Docentes do campus de Patos, também autônoma, decidir, em assembleia, pela adesão à greve
nacional deflagrada pelo Andes.
Votação 'apertada'
A assembleia geral da ADUFCG foi realizada
concomitantemente em quatro campi da Universidade Federal de Campina Grande.
No campus sede os docentes se reuniram no auditório do
Centro de Extensão José Farias Nóbrega, a partir de 9h00.
A exemplo de assembleias anteriores, houve transmissão
simultânea, via internet, de reunião de docentes das bases sindicais de Cuité,
Sousa e Sumé.
Em quase duas horas de debates a pauta principal foi
colocada em votação nos quatro campi da UFCG.
No total, a aprovação ao início da greve na próxima segunda-feira
recebeu 81 votos e a reprovação, 77 votos.
Dos 81 votos a favor do início da greve, 73 saíram do campus
sede de Campina Grande.
Também no campus sede da UFCG a não adesão à greve teve 69
votos, ou seja, uma diferença de quatro votos em relação à aprovação.
Quase dois meses depois
A Universidade Federal de Campina Grande faz adesão integral
à greve nacional dos docentes 52 dias após o Andes deflagrar o movimento
nacional em defesa das instituições federais de ensino.
Antes, foram realizadas quatro assembleias na área de
cobertura da base sindical da ADUFCG em Campina Grande, Cuité, Sousa e Sumé,
sem aprovação ao indicativo de greve.
Somente a base sindical de Cajazeiras, autônoma, havia
aprovado o indicativo de greve já na primeira assembleia, em março, mas com início previsto para junho.
A outra base sindical autônoma, de Patos, também não aprovou
o indicativo de greve nas assembleias realizadas em março, abril e maio.
Nesse dia 6 de junho, portanto, assembleias realizadas pelas
três bases sindicais do Andes na área de abrangência da Universidade Federal de
Campina Grande apresentam formalmente adesão ao movimento nacional.
Greve por tempo indeterminado
A greve na Universidade Federal de Campina Grande terá
início no dia 10 de junho e é por tempo indeterminado, em sintonia com o
comando nacional de greve do Andes.
Há uma sinalização, porém, de possível diálogo de negociação
com o Ministério da Gestão e Inovação, que é a representação do governo federal
nas interações com as frentes sindicais de docentes e servidores técnicos
administrativos em Brasília.
Reunião entre as partes que representam governo e sindicatos
nacionais está agendada para o dia 14 de junho, sexta-feira da próxima semana.
É condição dos sindicatos nacionais que o governo,
prioritariamente, melhore o índice percentual de reposição de perdas salariais
a docentes e servidores técnicos, assim como antecipe já em 2024 a primeira
parcela dessa reposição.
Além disso, os comandos nacionais de greve cobram
reestruturação dos planos de carreira tanto de servidores técnicos quanto de
docentes.
Na pauta das reivindicações também há a exigência de retomada
dos investimentos nas instituições federais de ensino, resgatando o repasse de
verbas que era feito antes da gestão do governo federal passado.
UFMG sai da greve nacional
Em nível nacional, a greve deflagrada pelo Andes ganha
adesões e baixas.
Nessa primeira semana de junho, por exemplo, a Associação
dos Docentes da Universidade Federal de Minas Gerais decidiu, em assembleia,
encerrar a greve na instituição.
Docentes da UFMG, no entanto, mantêm o estado de mobilização
e decidiram, na mesma assembleia, pela paralisação total das atividades no dia
14 de junho, quando governo e representações sindicais se reúnem em Brasília.
Ao todo, segundo o Andes, mais de 70% das instituições
federais de ensino do país encontram-se em greve.
De acordo com o comando nacional de greve do Andes, com a proximidade do final do primeiro semestre letivo a tendência é de adesão ainda maior ao movimento.
(Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão Paradigma
Educom/CNPq)